sábado, 14 de novembro de 2015

Nossa história começa aqui...um espaço para falar sobre maternidade,surdez,autismo e os desafios diários que atravessamos e iremos atravessar.

Olá,me nome é Silvia, mãe de Camila de 29 anos e Ainoã, de 11.
Nasci em Uruguai e moro no Brasil há 13 anos,na cidade de Itajaí,SC.
Minha vida mudou totalmente depois do meu segundo filho.
Com quase 39 anos, resolvemos,Marcelo,meu companheiro e eu,tentar engravidar,já que ambos eramos pai e mãe,em relações anteriores.
Foi uma gravidez esperada e feliz,até o quinto mês,onde minha pressão descontrolou e comecei a me tratar por alto risco,por diagnóstico de pré eclampsia.Grande era a angustia já que a família toda estava longe e só contava com amigos para desabafar nas horas de temor e escuridão.
No sexto mês,com exatas 28 semanas,o médico me internou,para realizar uma cesárea de emergência,já que estava com infarto de placenta,insuficiência renal,diminuição de plaquetas e o bebê tinha parado de se desenvolver.Em um mês,ele não tinha crescido quase,e estava tendo sofrimento fetal.
Minha angustia foi enorme ao saber que,pelo ultrassom,seu peso aproximado era de 700 gramas!!
Mas o obstetra foi claro e sincero: se não fizesse naquela hora,não dava certeza de sobrevivência para ele e eu poderia precisar de hemodiálise pelo resto da vida…na mais optimista das hipóteses…
Decisão difícil,que me levou uma noite em claro,escutando todas as horas tocadas no campanário da igreja cercana…
No dia seguinte,28 de Dezembro,foi agendada a cirurgia.
Ele nasceu e não consegui vê lo,foi levado as pressas para a UTI neonatal,depois dos testes de Apgar,que foram de um recorde de 7/8…bastante para um bebê de 680 gramas,que foi o peso real na hora do nascimento…
Consegui ir até a Neo só no dia seguinte,para ficar chocada,ao ver aquele diminuto ser,tão amado,tão esperado,conectado a máquinas que apitavam e luzes que cintilavam…
foto ainoã uti compact
(A foto é quase 20 dias depois de nascido,a mão do papai)
Passamos ali quatro longos meses…recebendo os cuidados e o amor da equipe,dos pediatras,dos neonatologistas,das pessoas a cargo do banco de leite,das fonos,psicólogas…em fim,todo um grupo humano,que por momentos,se tornou minha família.
Mal sabia eu que todos estes profissionais estariam ,como até hoje,formando parte de nossa rutina semanal…
As vezes,conversando com o pessoal do hospital nas longas horas do dia,eu falava na ideia de escrever um livro,no dia que estivéssemos em casa.
E aqui começa,não um livro,mas sim a nossa história,nossos percursos e nossas conquistas, para partilhar com quem quiser compreender,saber,se emocionar,conhecer e entender como o amor conquista tudo e coloca pontes onde antes tinha muros…
Nos acompanhem,queremos dividir nosso aprendizado e nossa caminhada com vocês…

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